sábado, 26 de novembro de 2011

a latinha



É hora do almoço e Marilson saiu do restaurante com pressa, ele tinha uma importante reunião e precisava chegar no escritório rápido para deixar tudo pronto. Naquela tarde iria se encontrar com o pessoal da GT( uma gigante empresa da qual ele sempre quis ser fornecedor) para fechar uma venda que iria salvar sua empresa que estava mal na praça.
- Este carro esta uma bagunça, esta lata de refrigerante esta aqui há séculos.
Com esta fala ele baixa o vidro do carro e arremessa a lata pra fora. Em seguida ouve-se uma freada e um barulho de batida e neste instante fecha o semáforo a sua frente.
Uma mulher atraente loura aparece na sua janela.
- Senhor, a lata que arremessou caiu no pára-brisas...
- Você sabe com quem esta falando? – berrou Marilson.
- Calma Senhor, vamos conversar, é que a lata...
- Conversar? Você esta de brincando! Eu tenho mais o que fazer, se você fosse motorista de verdade teria desviado da lata, onde tirou carta? Acho que comprou a sua. Vai cuidar da sua vida
 que eu não tenho tempo pra ficar de papinho. – gritou Marilson.
Pisou fundo quando viu que o sinal tinha aberto e deixou a loira falando sozinha, ele estava com a cabeça na apresentação que teria de fazer na reunião.
- Não deviam permitir que mulher tirasse carta, e ainda querem ter razão. – Pensava consigo.
Chegou à empresa ainda a tempo e conseguiu aprontar tudo antes do tempo previsto. Quando o relógio marcou a hora da reunião lá estava ele todo preparado na sala.Seus assistentes tentavam disfarçar o nervosismo mas não conseguiam.
Passou se dez minutos e ninguém apareceu, mais dez e nada, quinze e eles começaram a ligar para a recepção a cada dois minutos perguntando. Marilson contava aos seus subordinados o quanto seria importante fechar negócio com a GT.
Toca o telefone e ele atende imediatamente.
- Chegaram? Mande-os entrar imediatamente. - Falou sorrindo.
Quando o grupo entrou na sala Marilson gelou, quando viu que a loira estava no grupo.
- Mas olha que mundo pequeno senhor?
-Mamarilson. – gaguejou.
- Muito prazer senhor Marilson, sou Suzana superintendente de compras da empresa GT, eu e minha equipe viemos para debatermos a possibilidade de fechar um contrato de longo prazo com senhor, mas percebo que tem dificuldades de relacionamento com o sexo feminino, não gostaria de aborrecê-lo. Peço novamente desculpas por tomar seu precioso tempo. – disse saindo da sala Quando estava para sair na porta ela completou:
- Ah! Eu estava esquecendo, quanto ao caso da latinha não foi o meu carro que o senhor acertou, foi o de um senhor que usa muleta, ele me viu passando na rua e pediu que eu o avisasse, pois o senhor não tinha percebido o que fez. Mas não se preocupe ele é juiz de direito e vai entrar em contato com o senhor, tenha uma boa tarde.
E foi assim que Marilson faliu.

Na mesma medida que dares recebereis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que achou? Se comentar ficarei muito grato. Estou esperando...