segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O esnobe


Astolfo estava um pouco apreensivo naquele dia, pois iria conhecer os parentes da sua nova namorada. Tinha conhecido ela no último rodeio e era uma belezinha, mulher pra casar, dizia ele.
                O rapaz era um tipo meio esnobe e dava valor apenas aqueles a quem poderia oferecer algo em troca.
                Encerou seu carro Escort conversível, colocou uma boa música e rumou para o sítio, era sábado à tarde.
                Seu carrão levantava poeira vermelha na estradinha quando avistou um senhor com cara de cansado, com uma enxadinha nas costas e uma mochila surrada, ele mostrava o dedo indicador pedindo carona.
                Astolfo não parou, imagina que eu vou sujar meu carro com este velho cheio de poeira. Pensou o rapaz.
                Chegou à casa da namorada, era como ela disse uma porteira verde com dois pés de eucaliptos gigantes, um de cada lado.
                Deu uma buzinada e logo apareceu todo mundo para recepcionar o moço.
                Entrou e foi apresentado para todos, com olhar desconfiado dos irmãos, a moça disse que ainda faltava o pai que logo chegaria.
                Depois de algumas conversas chegou o pai da moça muito cansado, e para a surpresa do moço era o velhinho a quem ele havia recusado a carona. Alguns minutos mais tarde a calorosa recepção se transformou em revolta e o esnobe foi expulso dali para nunca mais voltar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que achou? Se comentar ficarei muito grato. Estou esperando...