sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

o ponto de ônibus


Rua cinco de Novembro, em frente ao número 55 havia um ponto de ônibus. Vinte pessoas aguardavam a condução.

Cinco jovens conversavam animadamente rindo um do outro com mochilas em suas costas, estavam no ponto de ônibus, em frente ao número 55.

Quatro senhoras que eram copeiras do Hotel do centro da cidade falavam mal da gerente que era uma idiota, elas estavam também no ponto em frente ao número 55.

Oito funcionários de uma empreiteira com uniformes azuis fumavam e falavam da última rodada de futebol em que o time líder do campeonato perdera para o lanterninha, eles também estavam no ponto, em frente ao número 55.

Um casal de noivos falava sobre o arranjo que colocariam na igreja no dia do casamento, também estavam em frente ao número 55, no ponto.

Uma jovenzinha simpática estava na União Soviética, caminhando por entre a neve espessa, ela avistava ao longe um lago congelado onde um grupo de soldados conversavam em roda e suas bocas soltavam vapores denunciando o frio extremo por ali existente, a jovenzinha também estava no ponto, em frente ao número 55. A diferença é que ela viajava em um livro.

Livro não é droga ilícita, mas te faz viajar, use sem contra indicação.


Credito da imagem: google

2 comentários:

  1. Olá!
    Grata pelo seu comentário no meu blog.
    Concordo com você sobre a frase dos livros.A melhor viagem é através da leitura.
    Grande abraço
    se cuida

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  2. O livro nos transporta para além da imaginação, para além de um plano possível, para além da morte e afins, o livro nos situa dentro de uma razão questionável e não imutável.Parabéns pela nobreza e gentileza do texto.Seu post nos faz lembrar! "Ser blogueiro é no mínimo ser ESPECIAL de fato!" Abraço de amigo e leitor.:-BYJOTAN.

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