Marildo estava na rodoviária lotada naquele sábado véspera de dia dos namorados, esperando ônibus para visitar seus pais, estava triste, pois refletia sobre sua vida, tinha quase 27 anos e era mais um dia dos namorados que passaria sozinho.
Estava envolto em seus pensamentos quando escutou uma mulher gritando, virou-se e viu uma mala amarela se aproximar com rapidez de seu rosto e não viu mais nada.
Acordou no hospital deitado em uma cama, uma moça desconhecida sentada ao lado da cama esboçava um sorriso de satisfação ao vê-lo despertar. Eu poderia ficar o dia inteiro neste lugar contemplando esta coisa fofa, pensou. A coisa fofa era Julia, uma jovem secretaria que iria viajar, porém seu salto quebrou e sua mala amarela atingiu em cheio o rosto de Marildo que desmaiou e agora que estava ali deitado. Este cara é uma gracinha, pensou ela. Rolou uma química.
Quatro meses se passaram e a mala amarela está de novo na rodoviária, mas quem a segura é Marildo, está levando Julia para conhecer seus pais.
A vida é assim, há malas que vem para o bem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O que achou? Se comentar ficarei muito grato. Estou esperando...